No começo da semana Ricardo me deu de presente o filme O Diário de Anne Frank. Ele sabia que eu havia lido o livro e que tinha adorado.
Comecei a assistir no mesmo dia que ganhei e terminei ontem. É dividido em capítulos.
Quando viajamos pra Amsterdam procurei o livro pra ler porque queria conhecer bem essa história real que marcou tanto as memórias dolorosas da grande guerra. Li e fomos visitar o museu Anne Frank. Compramos os ingressos aqui mesmo pela internet pra não corrermos o risco de pegar uma fila grande na chegada. Fomos direto ao guichê desse tipo de ingresso e logo entramos.
Eu estava um pouco tensa, fomos logo cedo da manhã, foi nosso primeiro destino do dia. Foi muito interessantes caminhar pelo 'anexo' como ela chamava. Me emocionei muito durante a visita. Lembro-me que me deu um nó na garganta quando chegamos ao quarto de Anne. Claro que não está exatamente como era, mas deixaram coisas que pra quem leu o livro ou assitiu ao filme entende o significado de cada detalhe do lugar.
Fizemos a visita toda em silêncio, eu lembrava dos relatos daquela menina que ficou adolescente lá dentro, de suas angústias e de seus sonhos. Muito triste, mas ao mesmo tempo ela deixou uma mensagem muito forte pra todos nós.
Quando saímos do museu me sentei às margens do canal e fiquei ali pensando no que aquelas pessoas tinham sofrido ali por longos 2 anos. Quando vi a catedral que Anne fala no diário sobre seus sinos me arrepiei. Tive a sensação de entender o que ela sentia quando eles badalavam...
Ricardo tirou uma foto minha sentada ali, mas eu estou com uma fisionomia pesada sabe, eu queria muito conhecer, ter uma noção real do que havia acontecido ali, a história tava tão fresquinha em minha memória,
Ontem ao assistir ao filme, chorei muito. Eu estava sozinha no quarto, os meninos estavam brincando no quarto ao lado e Ricardo estava em Belo Jardim, me deixei levar completamente pelo momento, pela sentimento de esperança e de desespero daquelas famílias.
As revelações do primeiro amor de Anne, seus conflitos pessoais, com sua mãe... e principalmente pelo desejo de fazer história. Ela disse: "eu não quero ser uma mulher como as outras eu quero ser escritora", e com esse fim ela escrevia incansavelmente no seu diário, o qual seu pai, o único sobrevivente depois que foram delatados e levados para campos de concentração diferentes, resgatou e resolveu publicar.
Vi o quanto é importante se ter um objetivo, em meio a toda aquela situação insuportável, uma adolescente, chamada de criança por todos na casa, estava corrento atrás de seu sonho, sonho esse que se realizou postumamente de uma maneira tão grandiosa que acretido que ela não imaginava, pena que ela não viu isso acontecer.
Eu li o livro e agora, mais do que nunca, quero muito ver o filme.
ResponderExcluirBjs Cy.