sexta-feira, 8 de abril de 2011

A pedidos, Barcelona.

Uma querida amiga vai viajar em maio pra Europa e Barcelona está no roteiro dela. Como ela é minha seguidora aqui, me pediu pra postar alguma coisa sobre o que achei da cidade. Lá vai Ju, pra você!


Fomos de trem de Madri pra Barcelona. Pegamos um trem noturno, ficamos numa cabine privativa com banheiro. A sensação era que estávamos numa caixa de fósforo sabe, era tudo pequeno mas bem encaixado.
A cama era um beliche, tinha protetor de ouvido, tapa-olho, um lavabo com uma necesserie pra cada um e no banheiro uma boa ducha. Nosso trem saiu as 22:00h e chegamos em Barcelona por volta das 7:00h da manhã. Foi uma viagem tranquila, o trem para em algumas estações mas é bem rápido e deu pra descansar muito bem.

Bom, chegando à Barcelona fomos direto para o metrô, estávamos com um mapa pra nos guiar inicialmente. Seguimos para o hotel para deixar as malas e começar a decifrar a cidade. Ficamos no Hotel Suizo (Pc Angel 12, Barcelona, ES 08002) no Bairro Gótico. Excelente localização, a porta do hotel fica exatamente em frente à saída de metrô, quando subimos as escadas nos deparamos com ele. Acho que ainda não comentei aqui, mas quando viajamos não somos adeptos de hotéis de rede internacional, queremos conhecer os hábitos locais, arquitetura, decoração, assim optamos por nunca ficar em rede Ibis, por exemplo, nada contra, é uma questão de nos encaixar mais no dia-a-dia do lugar. Esse hotel é bem antigo, ficamos no último andar. Quarto espaçoso, banheiro muito bom, gostamos muito, indicamos e temos intenção de ficar nele novamente.

Malas acomodadas, lá fomos nós com o roteiro em mãos para o Parque Guell. Fomos de metrô e depois andamos um pouco a pé pra chegarmos.



É o parque mais famoso de Barcelona, foi criado por Antonio Gaudí, que dispensa apresentações… É divino, um lugar realmente mágico onde o artista usou cada metro como palco para sua magnífica arte. Estava repleto de turistas. Caminhamos  por todos os lados e a cada instante éramos surpreendidos por tanta beleza, pelos detalhes, os mosaicos que eu amei.
Não entramos pela frente e sim pela lateral esquerda, assim fomos fazendo a volta e descendo. Chegamos a um pátio central onde tinha um músico tocando violino, ficamos sentados ali ouvindo, envolvidos naquela atmosfera de harmonia que contagiava a todos. Esperamos ele terminar de tocar Ave Maria e seguimos. A vista do alto do parque é linda, dá pra ver boa parte da cidade.









Descemos pelas estreitas ruas, pegamos um ônibus e fomos pra Sagrada Família. Era por volta das 12h e resolvemos comer alguma coisa antes de entrar na igreja. Paramos numa Pizza Hut bem ao lado, comemos e fomos lá.

Ricardo quase não saía da igreja, ficou encantado com a grandiosidade do prédio, detalhes artísticos, estruturais (aí vai a visão de engenheiro kkk). Passeamos por todo o interior vendo o sonho de Gaudí tomar forma, ganhar cores… Tem uma oficina que podemos visitar onde todas as peças são criadas em gesso para depois serem executadas em alvenaria, concreto e demais materiais utilizados. A previsão do término da obra gira em torno de mais uns 15 anos, mas o que vimos já nos impressionou bastante. Na saída tem uma loja com souvenirs lindos pra trazermos de lembrança. Comprei um livro sobre Gaudí muito legal.


A La Pedrera era nosso próximo destino, casa construída por Gaudí entre 1905 e 1910. É um prédio de apartamentos e escritórios chamado anteriormente de Casa Milà. Fica na Las Gracias, a avenida mais bonita e movimentada de Barcelona. Pode-se subir até o telhado onde tem um terraço lindíssimo. No interior visitamos um dos apartamentos onde Gaudí morou, está com a mobília intacta. Um luxo só.







Saímos  seguimos pelas Las Gracias apreciando aquela movimentação da capital catalã. Uma delícia. Chegamos à Casa Batló mas estava em reforma, não pudemos visitar, uma pena.
Final da tarde, voltamos para o Bairro Gótico, queríamos ir pra Las Ramblas, a mais badalada rua de Barcelona e por nossa sorte ficava bem próxima ao hotel.
Subimos ao quarto pra deixar algumas sacolas, afinal passar pela Las Gracias e sair sem sacolas é praticamente impossível!
Passamos pelas ruas estreitas com arquitetura peculiar, chegamos às Ramblas. Um calçarão com mesas por todos os lados, gente se esbarrando, muito movimento, vários idiomas, uma loucura. Procuramos uma mesa desocupada, pedimos Tapas e uma sangria, claro, e ficamos lá curtindo aquela mistura de arte, culturas, comidas, tudo muito kkk. Antes de voltarmos para o hotel entramos no mercado, ficamos impressionados, tem de tudo lá dentro. Frutas frescas, compotas enormes de frutas, pimentas penduradas, um visual encantador e muito bem elaborado pra encantar o paladar de qualquer um.






Depois de uma boa noite de sono, o dia tinha sido bem puxado, seguimos para o Campenou. Ricardo adorou, fomos à loja ele comprou camisa, boné, vimos muitas fotos de Ronaldinho Gaúcho. Estava chovendo e nosso destino era Montjuic. Monte em homenagem a Júpiter na época romana. Fica no alto e tem o porto a seus pés. Foi construído no séc. XVII e foi cenário da Exposição Universal de 1929 e dos Jogos Olímpicos de 1992. É um lado da cidade completamente diferente do que tínhamos visto até ali.




Prédios modernos, avenidas largas e movimentadas. As escadas rolantes no meio da avenida nos chamou atenção. Meu joelho estava reclamando a alguns dias e adorei as escadas kkkk. Chegamos lá em cima, sentamos nas escadarias do Palácio Nacional e ficamos admirando a Fonte Mágica e a Plaza d'Espanya. Descemos pelo outro lado e fomos à Fundação Miró. O caminho é bastante arborizado. A Fundação é linda e encontramos muitos grupos de crianças com suas professoras estudando arte por lá. Seguimos descendo sentido ao teleférico, mas não podemos usá-lo pra chegarmos ao porto porque estava parado devido ao forte vento. uma  pena.

Passamos pelo Monumento de Colombo e chegamos ao Maremagnum. Um shopping às margens do porto. Comemos por lá, andamos, fizemos ótimas compras na Lifeties, uma loja semelhante a Zara, em outra com produtos exclusivos de Fernando Alonso pra os meninos e fomos pra o L'Aquàrium. O maior aquário da Europa. Muito bonito e uma grande variedade da fauna e flora marinhas (Metrô Linea 3 Drassanes e 4 Barceloneta). De ônibus 14,17,19,36,38,40,45, 57. Entrada 11 euros.
Depois de andar muito voltamos para o hotel. Estávamos numa extremidade das Ramblas mas resolvemos ir de metrô porque estávamos muito cansados.
Era hora de deixar Barcelona. Tivemos um imprevisto na saída. Fomos pra o aeroporto errado, o nosso era em Girona a 140km do centro. Depois de pagarmos 140 euros do táxi para não perdermos o avião para Roma, nos deparamos com uma greve dos carregadores de malas, muito comum em Barcelona por sinal, ou você deixava suas malas e carregava 10kg de roupas num saco no colo, isso mesmo hein (as pessoas deixavam as malas abertas no saguão e seguiam com sacos de lixo entregues pela cia), ou dormia no saguão do aeroporto e viajaria no outro dia de acordo com a disponibilidade da cia aérea. Optamos pela segunda opção, revezávamos os cochilos por causa das malas e às 8:20h da manhã seguimos pra Roma.



Apesar do contratempo final, Barcelona deixou uma belíssima impressão. Vale muito a pena conhecer.

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