quarta-feira, 27 de abril de 2011

O lugar mais longe que chegamos até agora.

Vamos voltar as nossas viagens?
Estive pensando em qual cidade visitar hoje, como não estou seguindo nenhum 'roteiro' nem obedecendo sequência de viagens, que tal irmos para Budapeste?
Quando criança eu gostava de acompanhar as corridas de Fórmula 1, era fã de Nelson Piquet e depois de Senna claro, e lembro-me bem que antes da corrida começar, Galvão Bueno fazia um tour pela cidade que sediava o grande prêmio, e lá estava Budapeste. Fiquei encantada com as imagens que vi e pensei "vou conhecer Budapeste" e, muitos anos depois, lá fomos Ricardo e eu pra o leste europeu ver de perto aquela cidade dividida em 2!



Budapeste foi colonizada pelos Romanos e é dividida ao meio pelo Rio Danubio, formando duas áreas: Buda e Peste.

Buda, na margem esquerda, abriga o castelo e tem um ar mais residencial, e Peste é o centro comercial.


O barco branco era nosso hotel
Nos hospedamos num barco-hotel às margens do Danubio. Não tinha muitos quartos mas era bem organizado e o café-da-manhã muito bom. Pra chegarmos ao centro atravessávamos uma ponte a pé e pegávamos um ônibus. Do terminal íamos andando pra desvendar a (s) cidade (s).


Sentimos uma atmosfera diferente da que conhecíamos na Europa, sabe aquela sensação de lugar distante, povo meio esquecido, sei lá, uma impressão de que aquela cidade maravilhosa, linda, grande estava ainda sem pique? Nessa viagem tínhamos passado por lugares bem diferentes da Hungria (Inglaterra, Holanda, Alemanha, República Tcheca) e ainda íamos pra Áustria, Itália e França, mas a impressão foi de que estávamos em outro planeta...

Andamos muito por lá, foram os dias mais quentes de nossa viagem toda. Era outono na Europa e o frio já castiga nessa época, mas em Budapeste tiramos os casacos e tivemos dias de sol, apesar do vento friozinho.



Mercado Central

Começamos por Peste, o lado mais 'moderno' vamos dizer assim. A vista de Buda é encantadora, o mercado central de lá parece mais um shopping de tão organizado e limpo. O colorido das pimentas penduradas nos stands dá ao lugar um frescor e energia estimulantes para um começo de dia.

Visitamos igrejas, a de Santo Estévão é lindíssima, tomamos sorvete em forma de rosa, o prédio do parlamento é maravilhoso e o jardim simplesmente impressionante, a sinagoga também vale a pena conhecer, museus, tiramos muitas fotos. Não andamos de metrô, mas pegamos o trenzinho amarelo que foi o primeiro a circular na Europa e que é o mesmo que está até hoje circulando pela cidade. Seu percurso é pequeno mas é pela margem do Danubio. Tem poucos bancos, parece de brinquedo.
Sorvete onde as bolas eram flores perto da Santo Estévão

No final da tarde paramos num restaurante no calçadão e pedimos um chopp. A garçonete perguntou small or big? Eu pedi small mas Ricardo pediu big, resultado, uma caneca com 1 litro de chopp, rimos muito quando ela chegou, era difícil até de segurar porque o vidro era bem grosso kkkk.
Ficamos esperando o famoso pôr-do-sol, e lá começou o espetáculo da natureza. Nesse momento comentei o quão longe estávamos de nossa casa, dos meninos, bateu uma saudade gigante.... só em pensar a distância que nos separava deu um nó na garganta, mas tínhamos ainda muita coisa pra
conhecer e aproveitar pela frente.


Choop às margens do Danubio
Em Buda fomos direto para o castelo. Ele foi reconstruído várias vezes por causa de brigas pelo poder, cada rei que conquistava a região queria deixar sua marca registrada e assim derrubava e construía alguma coisa nova. Apesar de todas as reconstruções é lindíssimo e monumental. Para chegar ao castelo passamos pela Ponte das Correntes, muito mais bonita e imponente do que a imagem que eu tinha visto na TV e na internet. Na entrada tem 2 leões com cara de mau e quando você volta tem outras 2 do outro lado onde os leões estão 'bonzinhos', isso quer dizer que na entrada eles estão de olho em você, estão tomando conta do castelo, mas na volta eles estão felizes com sua visita.
Olhar para Peste de Buda é uma vista deslumbrante, de tirar o fôlego. O céu tem uma cor ímpar, não vimos nada parecido ainda em outro lugar.


Vista de Buda olhando de Peste


A moeda é uma loucura. 1 euro equivale a 250 florins, pra converter era muito confuso, uma garrafa d'água custa 50 florins, perdíamos totalmente a noção dos custos reais...

Budapeste não é uma cidade pra compras, pelo menos não para nós. O que passeamos e ganhamos de conhecimento lá nos desligou completamente de lojas. As paisagens encantadoras deixaram em nossas memórias imagens que jamais iremos esquecer e as fotos então... ah, essas são especiais. Quando estava olhando as fotos na difícil tarefa de selecionar as que iríamos revelar, percebi que foi lá onde tiramos mais fotos juntos, usamos muito o tripé, isso prova como o ar da cidade nos fez bem, ficamos envolvidos, românticos... ai que delícia!




    
Ponte das Correntes


   
Na escadaria do Museu de Belas Artes (Szépmüvészeti Múzeum)

Pôr-do-sol em Buda visto de Peste
        
Em Buda olhando para Peste 
                                    

Castelo de Buda
     


Vista de Buda, lá embaixo do lado esquerdo, o Parlamento

    



Descanso em Buda após andar muito
  

2 comentários:

  1. Vou lembrar destes lugares para tirarmos fotos lá no verão..

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  2. Você vai adorar. A gente fica sem saber pra onde olhar. No verão o sol deverá estar radiante...no outono pegamos dias lindos, imagine com o sol forte! Não esqueça que pra entrar na sinagoga não pode estar de short, mas eles têm umas roupas pra vestir caso sua roupa não esteja adequada, mas corre-se o risco de estarem todas sendo usadas. Fecha às 17h.

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